Estudo da Carta aos
Romanos
Ao estudar uma carta, texto ou um livro, deve-se ter em mente os elementos básicos de interpretação de texto:
Essas informações nos darão o que é necessário para compreender o contexto sociogeográfico e/ou status da pessoa ou pessoas para quem foi destinado o conteúdo.
No que se refere às informações citadas, é necessário que tenhamos as mesmas informações dos destinatários ou o mais próximo possível disso, para que nossa esteja mais próxima possível da dos destinatários originais!
Para Quem
A carta foi destinada aos moradores da cidade de Roma, assim como aqueles que estavam lá, a cidade tinha moradores nativos e de outras nacionalidades, como israelitas mais especificamente judeus, não podemos afirmar se estes eram moradores ou visitantes.
Roma era a maior e mais populosa cidade ainda no século I A.C, situada no que hoje é o país da Itália, ela vem de um contexto das Cidades estados, uma cidade que era um estado independente, tendo seu próprio poder político e militar. Toda parte em vermelho deste mapa, refere-se ao território dominado pelo império romano no século I.
Roma era cidade banhada pelo rio Tibre, além disso, podemos notar que a arquitetura era idêntica a arquitetura grega!
Provavelmente havia gregos. Os gregos são os ancestrais políticos, filosóficos e religiosos dos romanos. É certo a existência de outras etnias dentro da Comunidade Messiânica na cidade de Roma. Muito provavelmente essas outras etnias ou nacionalidades, eram escravos
A cultura romana descende da grega, as políticas, bem como, a filosofia e os deuses, são basicamente os mesmos, daí o termo greco-romana. Eles acreditavam em deuses que eram imagem e semelhança do homem, no sentido que; os deuses compartilhavam as mesmas características humanas, como os sentimentos e desejos, a diferença do homem para os deuses estava no seu poder.
A ideia de pureza ou santidade não se aplicavam aos deuses, portanto para obter seu favor, não necessariamente era preciso uma vida santa, mas sim, realizar sacrifícios e os caprichos de tais deuses. Vale ressaltar que devido ao status de maior e mais poderosa cidade do mundo, esse poder era centralizado na figura dos príncipes e do senado, posteriormente no imperador. Os romanos, como toda sociedade dominante, achavam que sua sociedade era superior, e cada membro verdadeiro da sociedade romana era de alguma forma mais nobre que qualquer outra etnia ou nacionalidade
Quando se trata da política em Roma, ela era regida pelo senado, senado esse que era composto por homens com alto poder aquisitivo, influencia e família nobre, famílias essas que, segundo eles, eram descendentes dos deuses. Mesmo os mais ricos dentre eles, que não possuíam um nome “nobre”, ou seja, descendência de uma “divindade”, e uma família de longo histórico de feitos e conquistas, não tinham tanta estima dos seus pares, é bom salientar que, o prestígio não só vinha do poder monetário, mas sim, também do legado familiar, podemos citar o exemplo de Crassos, inspiração para o termo erro crasso, ele não vinha de uma linhagem de nobre, ou descendia de um dos ‘deuses’, mas, alcançou prestígio e altos lugres dentro do senado, porém, esteve abaixo de Cesar pelo fator familiar.
O Panteão dos deuses cultuado pelos romanos só crescia, já que Roma era uma sociedade conquistadora, portanto, também escravocrata. Quanto aos escravos, devemos ter em conta que os romanos não faziam distinção por etnia, nacionalidade, raça ou cor, todo povo conquistado em ação militar, os sobreviventes, eram vendidos como escravos, sejam eles; brancos, pardos, pretos, loiros, morenos, ruivos. Para facilitar a submissão dos sobreviventes, os romanos adotavam seus deuses e alguns modos culturais, isso é, aquelas “divindades” eram adotadas abaixo das romanas, isso fez o panteão crescer, assim como o império, além disso, dentro da sociedade romana, os indivíduos devedores, mal pagadores, passavam a “trabalhar” como escravo até saldar suas dívidas.
Dentro da comunidade, certamente havia escravos, e, portanto, pessoas de variadas classes sociais.
Onde
Onde pode se referir tanto a , onde foi escrita, bem como para onde foi mandada.
Provavelmente a carta foi escrita em Corinto, não há uma certeza quando a isso. Quanto para onde foi enviada, já abordamos.
Quando
Quando: Não podemos afirmar com precisão. Porém os estudiosos acreditam que foi entre o ano 36 a 50 D.C
Anacronismo; é um erro de cronológico, consiste em atribuir a uma época ou a um personagem ideias e sentimentos que são de outra época. Sabemos que a carta foi escrita em grego, no século I, portanto, devemos evitar o anacronismo linguístico, que nada mais é, que usar um significado de palavras fora de seu tempo.
As palavras tendem a ganhar novos significados com o passar do tempo, entretanto para uma boa interpretação do texto, devemos limitar os significados ao que as palavras tinham no período que a carta foi escrita.
É importante que cada palavra tenha seu significado restrito ao que significava no período em que a carta foi escrita, em caso de dúvidas é interessante consultar um dicionário etimológico.
O porquê
Quando se trata das cartas do novo testamento, o assunto ou o porquê dela vem no conteúdo, abordado de forma, direta ou indireta, por isso, não adiantarei os assuntos que a própria carta abordará.
Aos Romanos
A carta de Sha’ul (Conhecido como Saulo na Grego e Paulo no Latim) o, emissário de Yeshua (Conhecido como Jesus), à comunidade messiânica de Roma.
Nota da Versão: Usamos 3 versões da bíblia para esse estudo, a Bíblia de Jerusalém, King James e Judaica Completa, compilando as três em uma versão.
Capítulos:
1 1De: Sha’ul, escravo do Messias Yeshua, emissário por ter sido chamado e separado para as boas-novas de Deus.
2 Deus prometeu essas boas-novas diante mão por meio de seus profetas no Tanakh (De acordo com a tradição, o Cânon Judaico, o Tanakh, conhecido entre os gentios como velho testamento, é composto por 24 livros que se agrupam em três conjuntos: “Lei, Profetas e Escritos”). 3 Elas dizem respeito ao seu filho – ele é um descendente físico de David (David: Davi): 4 e demonstrou com poder ser o Filho de Deus em espírito, separado ao ter sido ressuscitado entre os mortos; ele é Yeshua, o Messias, nosso senhor. 5 Por meio dele, recebemos graça e nos foi concedido a tarefa de ser emissário a fim de promover a obediência baseado na confiança entre todos os gênios, 6 incluindo vocês que foram chamados por Yeshua, o Messias.
7 Para: todos aqueles em Roma que são amados por Deus, chamados, separado para ele.
Graça a vocês e shalom da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Yeshua, o Messias. 8 Inicialmente, agradeço a meu Deus, mediante a Yeshua, o Messias, todos vocês, porque o relato da confiança de vocês está se espalhando por todo o mundo. 9 Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito mediante a disseminação das boas-novas a respeito de seu Filho, é minha testemunha de que me lembro de vocês com regularidade 10 em minhas orações; e sempre oro para que de algum modo, agora ou no futuro, eu possa, segundo a vontade de Deus, ter bom êxito em visitá-los. 11 Porque eu desejo muito vê-los, para poder partilhar com vocês algum dom espiritual que os fortaleça – 12 ou, em outras palavras, para que, mediante minha estrada com vocês, possamos, por meio da fé comum, encorajarmo-nos mutuamente.
13 Irmãos, saibam que, apesar de eu ter sido impedido de visitá-los até o momento, tinham feito planos para vê-los, a fim de recolher algum fruto entre vocês, da mesma forma que tenho feito com outro gentios. 14 Tenho um débito para com os gregos civilizados e para com as pessoas não civilizadas, para com as pessoas cultas e ignorantes; 15 portanto, estou desejoso de anunciar as boas-novas também a vocês que vivem em Roma.
16 Porque eu não estou envergonhado das boas-novas, porque elas são o meio poderoso pelo qual Deus leva a salvação a todo homem que mantém a confiança, especialmente para o judeu, mas também para o gentio. 17 Porque, mediante as boas-novas, revela-se como Deus torna as pessoas justa à sua vista; e do começo ao fim isso se dá mediante a confiança. Como diz o “Mas a pessoa que é justa viverá sua vida por meio da confiança”. (Referência a Habacuc 2.4)
18 A ira de Deus é revelada desde o céu contra toda a perversidade e impiedade de pessoas que, motivados por sua injustiça, mantém a supressão da verdade; 19 pois o que se pode conhecer a respeito de Deus lhes é claro, porque Deus assim o faz. 20 Desde a criação do Universo, suas qualidades invisíveis – seu poder eterno e sua natureza divina – são claramente vistas, pois elas podem ser entendidas mediante as coisas que ele criou. Portanto, eles não têm desculpa; 21 apesar de saberem quem Deus é, não o glorificaram como Deus, nem lhe agradeceram. Ao contrário, tornaram se fúteis em seu pensamento; e seu coração obtuso anuviou-se. 22 Alegando ser sábios, tornaram-se tolos! 23 Na verdade, trocaram a Glória do Deus imortal por meras imagens, semelhantes a seres humanos mortais, pássaros, animais ou répteis!
24 Este é o motivo pelo qual Deus os entregou à vileza dos desejos de seu coração, a ponto do uso vergonhoso de corpos alheios. 25 Transformarão a verdade de Deus em mentira, quando adoraram e serviram as coisas criadas, em lugar do Criador – louvado seja ele para sempre. Amen. 26 Esta é a razão de Deus lhes ter dado paixões degradantes, de forma tal que suas mulheres trocaram as relações sexuais naturais pelas não naturais; 27 e da mesma forma os homens desistindo das relações naturais com sexo oposto, ardem de paixão uns pelos outros, homens cometendo atos vergonhosos com outros homens e recebendo pessoalmente a penalidade apropriada à sua perversão. 28 Isto é, pelo fato de não terem considerados Deus digno de conhecimento, o próprio Deus os entregou a linhas de raciocínio inúteis, para que eles realizem coisas impróprias. 29 Eles estão cheios de todo tipo de impiedade, maldade, ganância e imoralidade; cheios de inveja, assassínio, rixa, desonestidade e malevolência; são mexeriqueiros, 30 caluniadores, inimigos de Deus; insolentes, arrogantes e orgulhosos; planejam esquemas malignos; desobedecem aos pais; 31 são insensatos, desleais, insensíveis e cruéis.
32 Conhecem suficientemente bem o justo o decreto divino de que as pessoas que praticam tais coisas merecem morrer; entretanto, não apenas continuam a fazê-las, como também aplaudem outras pessoas que fazem o mesmo.
2 1 Portanto, você, independentemente de quem seja, é indesculpável ao julgar os outros; quando você julga outra pessoa, está condenando a si mesmo; porque você, que julga, faz as mesmas coisas que ela. 2 Sabemos que o juízo de Deus é aplicado imparcialmente sobre os que praticam tais coisas; 3 você imagina que um simples homem, que julga os outros por cometerem essas coisas, apesar de ele mesmo realizá-las, escapará do juízo de Deus? 4 Ou talvez você despreze as riquezas de sua bondade, indulgência e paciência, por não perceber que a bondade de Deus tem a intenção de fazer você abandonar seus pecados. 5 Contudo, por causa de sua teimosia e de seu coração obstinado, você está acumulando ira contra si mesmo para o dia da ira, quando o justo juízo de Deus for revelado; 6 porque ele retribuirá a cada um de acordo com seus atos. (Salmo 62.13”12’; Provérbio 24.12) 7 Aos que procuram glória, honra e imortalidade mediante a perseverança nas boas obras, ele retribuirá com a vida eterna. 8 Mas aos que são egoístas, que desobedecem à verdade e seguem o mal, ele retribuirá com ira e desprazer
9 Sim, ele retribuirá com aflição e angústia a todo ser humano que pratica o mal: primeiro para o judeu, depois para o gentio; 10 mas glória, honra e shalom para todo aquele que persiste em fazer o bem: primeiro para o judeu, depois para o gentio. 11 Porque Deus não demonstrará favoritismo. 12 Todos os que pecaram fora da estrutura da Torah (Torah ou Torá, a grosso modo é a Lei de Moisés, A Torá é composta pelos os 5 primeiros livros do Tanakh, esses 5 primeiros é conhecido como pentateucos e é considerada um guia para os judeus, com 613 mandamentos que ensinam como devem ou não agir, seja nas relações sociais, familiares, religiosas) morrerão fora da estrutura da Torah, e todos os que pecaram sob a estrutura da Torah serão julgados pela Torah. 13 Porque não são os meros ouvintes da Torah a quem considera justos; antes, são os praticantes do que a Torah diz considerados justos à vista de Deus. 14 Pois todas as vezes que os gentios, que não tem a Torah, fazem naturalmente o que a Torah requer, esses, apesar de não terem a Torah, são a Torah para si mesmos! 15 Por meio de sua vida, demonstram que a conduta ditada pela Torah está escrita em seu coração. (Jr 31.32”33” Dt 5.18). Sua consciência também dá testemunho disso, por que seus pensamentos conflitantes às vezes os acusam e outras vezes os defendem 16 até o dia em que Deus julgará os segredos mais íntimos das pessoas. (De acordo com as boas-novas que eu anuncio; ele o fará mediante o Messias, Yeshua.)
17 Entretanto, se você se diz judeu, apoie-se na Torah e orgulha-se de Deus 18 e conhece sua vontade e aprova o que é correto, porque tem sido instruído na Torah; 19 e está persuadido de ser um guia para os cegos, uma luz nas trevas, 20 instrutor de pessoas espiritualmente ignorantes e um mestre de crianças, porque tem na Torah a expressão do conhecimento e da verdade; 21 então, você, que ensina os outros, não ensina a si mesmo? Pregando: “não roube” (Referência a Êxodo 20.13.15 DT 5.19), rouba? 22 Dizendo: “não adultere”, adultera? Você, que detesta ídolos, comete atos de idolatria? 23 Você, que se orgulha tanto da Torah, desonra a Deus, desobedecendo à Torah? 24 Como está escrito no Tanakh: “Por causa de vocês, o nome de Deus é blasfemado entre os goyim” (é um termo para um gentio, um não-judeu). 25 Porque a circuncisão tem valor se você fizer o que a Torah diz. Entretanto, se você for um transgressor da Torah, sua circuncisão torna-se incircuncisão! 26 Portanto, se um homem incircunciso guarda as exigências justas da Torah, não será sua incircuncisão considerada circuncisão? 27 Na verdade, o homem fisicamente incircunciso que obedece à Torah condenará você, que, apesar de ter passado pela b’rit-milah (Cerimônia religiosa dentro do judaísmo na qual o prepúcio dos recém-nascidos é cortado ao oitavo dia como símbolo da aliança entre Deus e o povo de Israel. Também é nesta cerimônia que o menino recebe seu nome) e ter a Torah escrita, transgride a Torah! 28 Porque o judeu de verdade não é apenas o exteriormente judeu; a circuncisão não é apenas exterior e física. 29 Ao contrário, o judeu de verdade é quem o é interiormente; e a verdadeira circuncisão é a do coração, espiritual, não literal; para que seu louvor não proceda dos homens, mas de Deus.
3 1 Então que vantagem tem o judeu? Que valor há na circuncisão? 2 Muito, em todos os sentidos! Em primeiro lugar, aos judeus foram confiadas as próprias palavras de Deus. 3 Se alguns deles foram infiéis, e daí? Sua infidelidade cancelará a fidelidade de Deus? 4 De jeito nenhum! Deus é verdadeiro, ainda que todos os homens sejam mentirosos! Como diz o Tanakh:
“para que tu, ó Deus, sejas justificado nas tuas palavras e prevaleças no veredicto quando fores julgado”. (Provavelmente uma referência ao Salmo 51.4/6: contra ti, apenas contra ti, pequei e fiz o que era mau perante teus olhos; de maneira que está certo em me acusar e justificado em me condenar.)
5 Agora, se nossa injustiça destaca a justiça de Deus, que diremos? Que Deus é injusto ao aplicar-nos sua ira? (Argumento aqui da forma pela qual as pessoas normalmente fazem.). 6 Claro que não! Se fosse assim, como Deus poderia julgar o mundo? 7 “Mas”, alguém dirá, “se por meio da minha mentira a verdade de Deus é destacada, e lhe dá mais glória, por que ainda sou julgado por ser um mero pecador?”. 8 Na verdade, por que não dizer (como algumas pessoas nos caluniam ao afirmar que declaramos): “Façamos o mal, para que nos venha o bem”? A condenação dessas pessoas é justa!
9 Dessa forma, nós, judeus, estamos em posição de vantagem? Não! Já demonstrei que todas as pessoas – judeus e gentios –, indiferentemente, são controladas pelo pecado. 10 Como declara o Tanakh:
“Não há nenhum justo, nem um sequer!
11 Ninguém entende, ninguém busca a Deus;
12 todos se desviaram,
e tornaram-se simultaneamente inúteis;
não há ninguém que demonstre bondade, nem um sequer!”
(Referência ao Salmo 14)
13 “Suas gargantas são túmulos abertos;
usam a língua para enganar. (Ref. ao Salmo 5.10)
Veneno de serpentes está em seus lábios. (Ref. ao Salmo 140.4/3)
14 Suas bocas estão cheias de maldições e amargura. (Ref. ao Salmo 10.7)
15 “Seus pés são rápidos para derramar sangue,
16 em seus caminhos estão ruína e desgraça,
17 e não conhecem o caminho de shalom. (Ref. ao Isaias 59.7,8; e Pv 1.16)
18 “Não há temor a Deus diante de seus olhos”. (Ref. ao salmo 26.2/1)
19 Além do mais, sabemos que tudo o que a Torah diz, o diz aos que vivem sob a estrutura da Torah, para que toda a boca se cale e todo o mundo seja considerado merecedor do juízo adverso de Deus. 20 Por que à sua vista nenhuma pessoa viva será considerada justa (Ref. ao salmo 143.2) com base na guarda legalista dos mandamentos da Torah, pois o verdadeiro trabalho da Torah é mostrar às pessoas quão pecadoras elas são.
21 Mas agora, à parte da Torah, o jeito de Deus de tornar as pessoas justas à sua vista foi esclarecido – ainda que a Torah e os profetas também testemunhem a respeito dele –: 22 trata-se da justiça que procede de Deus, mediante a fidelidade de Yeshua, o Messias, para todos os que confiam. Não há diferença se alguém é judeu ou gentio, 23 porque todos pecaram e não são capazes de merecer o louvor de Deus. 24 Mediante a graça divina, sem merecê-la, todos recebem a condição de serem considerados justos diante dele, por meio do ato que nos redime de nossa escravização ao pecado, realizado pelo Messias Yeshua. 25 Deus ofereceu Yeshua como kapparah (kap-pa-rah significa satisfação, expiação, propiciação; de forma mais abrangente, absolvição, perdão) pelo pecado, mediante sua fidelidade no tocante ao sangue da sua morte sacrificial. Isto vindicou a justiça de Deus; porque, em sua tolerância, não havia passado por cima [sem punir nem remir] os pecados que as pessoas cometeram no passado; 26 e ela vindica sua justiça na era presente ao demonstrar que ele é justo e também aquele que torna pessoas justas por causa da fidelidade de Yeshua.
27 Portanto, que espaço é deixado para a vanglória? Nenhum! Que tipo de Torah a exclui? A que diz respeito às observações legalistas de regras? Não, ao contrário, na Torah que diz respeito à confiança. 28 Portanto, afirmamos o conceito de que a pessoa deve ser considerada justa por Deus com base na confiança, que nada tem em comum com a guarda legalista dos mandamentos da Torah.
29 Ou é Deus o Deus apenas dos judeus? Ele não é também o Deus dos gentios? Sim, ele é de fato o Deus dos gentios, 30 porque, como vocês reconhecem, Deus é um só. (Ref. a Deuteronômio 6.4) Por isso, consideraremos justos os circuncisos com base na confiança e os incircuncisos com base na mesma confiança. 31 Segue-se então que abolimos a Torah por meio dessa confiança? De maneira nenhuma! Ao contrário, confirmamos a Torah.
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